Nem toda consultoria transforma. Às vezes, ela só torna o disfarce mais bonito.
A primeira vez que fiz uma consultoria de imagem, achei que finalmente teria respostas.
Preenchi um questionário, marquei preferências — salto ou tênis? Batom escuro ou gloss? Cabelo arrumado ou natural? Ao final, a consultora olhou para mim e disse:
“Seu estilo é despojado, romântico e natural.”
Ela me entregou um guia com peças que, supostamente, combinavam comigo. E eu saí dali convencida de que agora sim, eu sabia quem eu era.
Mas, na prática, nunca me senti tão perdida.
Quando a imagem não encaixa
Olhar para aquele guia era como abrir um armário cheio de roupas que não eram minhas. Algumas coisas até faziam sentido, mas algo não encaixava. Me sentia desconectada daquelas peças — e, pior, de mim mesma.
Mas em vez de questionar o método, fiz o que a maioria faz: tentei me encaixar no diagnóstico que me deram. Afinal, se uma especialista falou, quem era eu para discordar?
E é aí que mora o problema.
O erro de muitas consultorias de imagem
Muitas consultorias ainda seguem um modelo engessado: classificam mulheres com base em respostas padrão, sem considerar sua história, suas experiências ou o contexto onde aquela identidade foi construída.
Ninguém me perguntou por que eu tinha feito aquelas escolhas. O que me influenciava. O que fazia sentido para mim.
Se tivessem perguntado, talvez eu mesma tivesse percebido que aquelas respostas vinham de fora — não de dentro. Eu estava tentando me encaixar no meu grupo de amigos. Queria ser aceita, fazer parte. E minhas roupas refletiam esse desejo, não quem eu realmente era.
O resultado? A consultoria apenas aperfeiçoou a minha máscara.
Você se reconhece no que veste?
Se você já abriu o guarda-roupa e sentiu que “não tem o que vestir”, talvez o problema não seja a falta de roupa — mas a falta de conexão com o que está ali.
Muitas mulheres sentem que sua imagem não as representa, mas não sabem explicar por quê. Essa desconexão vem de um desalinhamento entre identidade e expressão.
A verdade é:
👉 A roupa é a materialização da sua personalidade.
👉 Cada peça comunica algo, mesmo que você não perceba.
E quando o que você veste não traduz quem você é, aparece o incômodo, a dúvida, o desconforto. Você tenta sustentar um visual que não é seu — e se sente pequena dentro dele.
A linguagem silenciosa das roupas
A modelagem comunica. As cores comunicam. As texturas, os tecidos, os acabamentos. Tudo fala — inclusive quando você não quer dizer nada.
• Linhas retas passam estrutura e presença.
• Formas orgânicas transmitem suavidade.
• Tons quentes aproximam.
• Tons frios afastam e sofisticam.
• Couro diz rebeldia.
• Tricô acolhe.
• Seda sugere leveza e sensualidade.
Esses são apenas alguns sinais dessa linguagem silenciosa. Quando ela não é compreendida, o resultado é desconexão — e isso adoece a relação com o espelho.
O que mudou quando eu descobri isso?
Depois dessa primeira experiência, eu mergulhei fundo no universo da imagem — só que por um outro caminho.
Estudei consultoria de imagem de forma aprofundada, incorporei psicologia, simbologia, identidade. Saí do campo do diagnóstico e entrei na escuta. Descobri que imagem não é fórmula: é construção.
Hoje, no Instituto Imago Dei, eu uno estética e subjetividade em um método que respeita sua verdade. Porque ninguém precisa de um novo rótulo. Mas toda mulher merece se ver com clareza, com sentido, com beleza — por dentro e por fora.
Se vestir não deveria ser um dilema
Deveria ser um ato de expressão.
Se você sente que sua imagem ainda não reflete quem você é, talvez o problema não seja falta de estilo.
Talvez o problema seja falta de tradução.
No Imago Dei, criamos jornadas que te ajudam a fazer as pazes com o espelho — e a construir uma imagem com verdade.